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União Santarém quer estar na elite de Portugal


O União Desportiva Santarém, que disputa a terceira liga do futebol português, tem objetivos definidos para o futuro. De acordo com o gestor, José Francisco Gandarez ( foto -Divulgação/UDS ) , a equipe fundada há cinquenta anos espera estar na elite do futebol de Portugal num período não tão distante.

Para isso, o dirigente tem apostado na formação, não só pensando na carreira de atleta, como também na preparação completa do cidadão. “O União Desportiva de Santarém é um clube com cinquenta anos de história, que está a disputar o campeonato de Portugal (3ª Divisão), existindo em cima apenas o futebol profissional: a 2ª liga (com dezoito clubes) e a 1ª liga (também com dezoito clubes). O que se pretende, por um lado, é chegar à Primeira Liga dentro de três a cinco anos”, relatou Gandarez, que é formado em Direito e defendeu o time de Santarém na base, durante dez anos.

“Por outro lado, o objetivo é apostar forte na formação de jogadores e homens. Ser muito forte na sua escola formativa: do jovem jogador de futebol, independentemente da sua origem, seja português, brasileiro ou de outras nacionalidades”, explicou José Francisco.

Sobre o atual momento do futebol português, Gandarez acredita em mudanças depois da paralização por conta do coronavírus. “Existe um antes do vírus e outro depois dele. Ao nível da formação, do futebol jovem os clubes trabalham bem. Já ao nível do futebol sénior existe um claro desequilíbrio, entre quatro ou cinco clubes mais dominantes, com mais receitas, massa associativa e os outros clubes mais pobres, muito dependentes das receitas televisivas”, explicou.

“Acontece que em Portugal, os direitos de televisão não estão centralizados, cada clube negocia diretamente, o que acentua a diferença de valores entre um Benfica e outros clubes. Agora com o vírus, é um mundo de incertezas, com quebras nas receitas, nos ingressos, nos patrocínios, publicidade e direitos de televisão; vai ser difícil”, acrescentou.

“O futebol português ao nível das seleções é forte, mas ao nível das equipes a competir na Europa é mais limitado. Os orçamentos dos clubes portugueses face a Espanha, Inglaterra, Itália ou Alemanha são muito inferiores”, complementou José Francisco.

No tocante ao futebol brasileiro, José Francisco acredita que vai crescer mais nos próximos anos. “O futebol brasileiro tem o talento natural do jogador, a paixão da torcida e que agora está a recuperar na sua organização, na formação dos seus dirigentes e a profissionalizar a sua gestão e modelo. Perspectivo, um campeonato cada vez mais competitivo e uma valorização cada vez maior dos seus jogadores”, comentou.

O Brasileirão está mais competitivo e organizado. Presentemente, o UDS tem três jogadores brasileiros (Ítalo, Allan e Guilherme) no plantel sénior e três jogadores no futebol juvenil”, acrescentou Gandarez, que está feliz e satisfeito com o auxílio prestado pela SR, através do empresário Rafael Moura.

“O Rafael veio morar para Santarém e escolheu bem a cidade. Trabalha bem, respeita o jogador e assegura condições aos mesmos. Entende a linguagem do futebol e sabe que tem que se trabalhar a longo prazo. Estamos começando a nos conhecer melhor, mas tem ajudado o União Desportiva Santarém e penso que vai ser importante no futuro”, explicou Gandarez.

O gestor português vê semelhanças no trabalho de formação realizado no Brasil e também em Portugal. “A Europa, pela sua capacidade financeira, em especial a Liga Inglesa pelos investimentos realizados, será a liga mais forte do mundo. Mas na formação, no jovem jogador, o dinheiro já não é tão diferenciador e aí o Brasil e Portugal são muito fortes”, comentou.

E, José Francisco Gandarez já tem planos definidos para o futuro. “Futebol é uma paixão e um conteúdo único de entretenimento. Será sempre uma indústria de presente e futuro. Tenho empresa na área de conteúdo, além de escritório de advogados”, explicou.

“Como paixão e como adepto pretendo levar o União de Santarém à primeira divisão. Como investidor, ambiciono conseguir ter um negócio sustentável no futebol. Fundamental para não perder o prazer”, finalizou José Francisco Gandarez.

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