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  • Foto do escritorFutebol em Rede

Rogério Ceni de volta à Série A com o Fortaleza

Foi fora de casa ao derrotar o Atlético Goianiense, 2 x 1, em Goiânia, mas a festa em Fortaleza foi a mesma. O Fortaleza de Rogério Ceni está de volta à Série A do Brasileiro. Agora matematicamente qualificado ainda brigará pelo título da competição no ano do seu Centenário. Uma bela conquista do jovem treinador e do clube, que é um dos mais tradicionais e simpáticos do futebol nacional.

Fiquei particularmente feliz com a conquista de Rogério. Acompanhei sua carreira inteira como goleiro do São Paulo desde que foi guindado a titular no Expressinho do Muricy Ramalho e titular absoluto após a saída do grande Zeti.

Ele sempre foi muito disciplinado e trabalhador. Quis sempre melhorar, não à toa virou o maior goleiro artilheiro do futebol mundial. Batia bem faltas e pênaltis e deu muitas vitórias ao São Paulo dessa maneira. Além de ser um goleiro excepcional. Só o grande Mário Sérgio Pontes de Paiva, que achava que ele não podia bater falta. Dizia que isso não era coisa de goleiro, mas ele acabou provando o contrário e fez escola.

Há poucos dias, em “Os Donos da Bola”, da Band, o goleiro Everson, do Ceará, confessou que se espelhou em Ceni para começar a bater faltas. Ele é oriundo das categorias de base do São Paulo e chegou a conviver com Rogério na época.

Tenho certeza que essa experiência na Série B só enriqueceu os conhecimentos de Rogério Ceni. No São Paulo quando ele assumiu a situação estava muito difícil e a diretoria o usou apenas para aplacar as vozes contrárias à direção e ao Departamento de Futebol. Saiu de uma maneira ruim para aquele que talvez seja o maior ídolo do clube nos últimos 30 anos.

Em Fortaleza, recuperou o gosto pelo jogo, sentiu de perto as agruras de uma Série B, onde o dinheiro não é farto e os problemas são imensos, mesmo com toda a retaguarda da diretoria do clube. A última vez que falei com Rogério foi num jogo do primeiro turno contra o São Bento, em Sorocaba, quando perdeu a invencibilidade naquele momento no Campeonato, mas estava tranquilo e confiante. Foi ainda antes da Copa do Mundo.

Lembro que estava suspenso e não podia nem dar entrevista pós-jogo nos vestiários, mas disse que falaria comigo fora do estádio e falou também com o Alexandre Silvestre, da TV Gazeta, na porta do ônibus, já na rua. Ali a pena não o alcançava. Foi um papo de 10 minutos. Ali já se sentia que o trabalho estava encorpado e caminhando para um final feliz.

Rogério Ceni merece, tem o meu respeito e em muitos momentos, como agora, teve também a minha torcida. Cara nova, estudioso, vai em busca do que quer e é um nome que engrandece o futebol. Como dizem os sãopaulinos, Parabéns, Mito.

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