top of page
  • Foto do escritorFutebol em Rede

Recado aos clubes brasileiros. Sai da Caixa você também

O governo Bolsonaro no afã de provar que tudo estava totalmente errado, e até cumprindo promessa de campanha, começa a atirar para todos os lados. Além de acabar com o Ministério do Esporte, que eu sinceramente não sei se tinha ou não razão de existir, mira o fim do patrocínio da Caixa Econômica Federal há vários clubes brasileiros. Houve uma época que era Caixa X Caixa em campo. Teve também a época do Banco do Mensalão, o BMG, que apareceu em vários times importantes.

Ouço tanta coisa sobre isso que é bom tentar separar cada situação, se é que é possível algo assim. A Caixa gastou mais de 190 milhões de reais no ano passado com o futebol. É um bom dinheiro certamente, mas teve uma visibilidade muito grande que, segundo os homens da publicidade, custaria muito mais se fosse fazer o comercial diretamente com a Globo, por exemplo, que retransmite os Campeonatos e outras mídias que acabam mostrando mesmo sem querer o nome do Banco.

É uma tese aceitável. Se um clube usa o nome da Caixa no peito durante 90 minutos quanto isso custaria se fosse publicidade por via normal? Mesmo na Globo, que tem o patrocínio do Itaú, a Caixa aparecia a cada momento que alguém estava com a bola o que acontecia o jogo todo de “graça”.

Por outro lado, sempre tive dúvida se um Banco estatal precisa fazer tanta propaganda. Alguns acham que não, que o seu próprio ofício de governo já o coloca numa situação melhor e de maior visibilidade que os bancos privados. Para outros, se é um Banco concorrente no mercado também tem que fazer publicidade para oferecer seus produtos.

Enfim, os clubes brasileiros já sabem que não terão mais o patrocínio da Caixa, o que em muitas vezes vinha por influência política e tornava fácil a vida dos homens do marketing dando a eles uma aura de competência que não tinham. Era fácil, uma palavrinha com o presidente, com o deputado certo, com o senador certo, e a verba viria. Tinha isso também. Agora esses profissionais terão que sair a campo e trabalhar mais duro. Vão ter que captar patrocínio no mercado privado. Aí nem sempre o tráfico de influência tem vez.

Pelo menos é o que se anuncia no novo Governo. Mas no Brasil as coisas são dinâmicas e mudam tanto quanto as nuvens.

bottom of page