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  • Foto do escritorFutebol em Rede

PIOR OLIMPÍADA DE TODOS OS TEMPOS


O povo japonês não merecia a medalha de ouro de pior competição da história. Acostumados à desastres nucleares, tsunamis, terremotos e até vulcões em erupção, desta vez a ferocidade de uma pandemia será enfrentada de forma sem precedentes. Não há justificativa racional para realizar Tóquio 2020. Quinze mil atletas de todo o planeta já estão frustrados pelo improviso da preparação. Não vai haver público, festa, turistas e nem campanha publicitarias com a logomarca de Tóquio. Será um evento fechado para transmissão de TV e Redes Sociais. Só para justificar os 16 bilhões de dólares gastos. Uma absurda afronta irracional.


Só para lembrar, já tivemos três Jogos Olímpicos cancelados. Tóquio já foi palco de um cancelamento (1940) devido à Segunda Guerra Mundial e a Guerra Japão X China. A Segunda Grande Guerra também derrubou a Olimpíada de 1944. A Primeira Guerra Mundial cancelou 1916. Ao que parece a violência supera a razão. A bomba da pandemia do Covid adiou, mas não foi capaz de cancelar Tóquio 2020. No quesito imprudência está garantida a medalha de ouro. O terrorismo de Munique 1972 fica com a prata e a bomba de Atlanta 1996 com medalha de bronze.


O conceito de superação, congraçamento entre os povos e diversidade, foram superados pelo desconforto financeiro. Uma releitura do lema olímpico do Barão de Coubertin ( Citius, Altius, Fortius – mais rápido, mais alto e mais forte). O mesmo Coubertin deu a dica em 1908, o mais importante não é vencer, é participar. Dessa forma a razão financeira supera a racionalidade humana e a TV espalha pelo mundo a festa mostrando o bolo, os balões de gás, os docinhos, os salgadinhos de uma comemoração sem convidados.


Os Jogos Olímpicos irão acontecer em pleno estado de emergência. Tudo fechado e com restrições de circulação. Um absurdo inexplicável e com o povo japonês rejeitando a competição em 70 %. Teste positivo pode afastar atleta de imediato. Vacinados com a primeira dose perdem até para o Brasil (30% x 40 %). Tudo isso num país onde a cortesia, a imagem de reconstrução e de desenvolvimento eram marcas importantes. O Japão não merecia esse namoro com o desastre.


O recorde de incoerência será a marca principal de Tóquio 2020. Tomara não supere as marcas de Hiroshima e Nagasaki em desastre humanitário. Que não supere os efeitos de terremotos e tsunamis. Que não imponha novos padrões de reconstrução para um povo tão sofrido em desastres e tão impecável em cultura e resiliência. Será terrível descobrir após os Jogos Olímpicos que poderíamos ter evitado racionalmente algo que a fúria financeira nos proibiu de evitar.

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