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  • Foto do escritorFutebol em Rede

O tempo passa devagar, mas é muito rápido

Gosto de repetir essa frase aí da manchete do Post. Ela tem muita verdade. As horas não são tão rápidas, mas quando você percebe o dia acabou, a semana acabou, o mês acabou e os anos passaram. Talvez por isso que inventaram aquela frase: "Parece que foi ontem" e parece mesmo, mas faz tempo.



Morando, em São Paulo, uma metrópole que pulsa 24 horas por dia, o tempo passa mais rápido ainda. Quantas vezes você diz que vai ligar para alguém e por alguma situação, ou algo que lhe chame a atenção de momento, deixa passar e quando vê já passou uma semana e você ainda não ligou. O tempo te engole por inteiro.



Parece que foi ontem que comecei no Rádio, lá em Piracicaba, que cheguei aqui e iniciei minha vida profissional. Hoje quando vejo Pelé com 80 anos parece inacreditável, mas o tempo também cobrou dele. Vi muitos jogadores começando e terminando a carreira, outros que pararam muito cedo e alguns "intermináveis" como o grande Zé Roberto, que começou na lateral-esquerda da Portuguesa lançado pelo Candinho e depois ganhou o Mundo atuando em várias posições inclusive na Seleção Brasileira.



A gente envelhece pelo tempo e envelhece nos filhos dos outros. Quantas vezes somos apresentados, ou reapresentados, a uma pessoa que conhecemos quando criança e agora já é pai também e está profissionalmente realizado e tocando a vida e já pensando em cuidar dos próprios pais.



Desculpe, Belchior, mas vivemos, sim, Como Nossos Pais. É a lei da vida por mais que se tente mudar. Sendo assim, deixe-me contar uma história para vocês. Fiz cobertura de centenas e centenas de jogos do São Paulo, no Morumbi. Chegava cedo, a nossa jornada começava muito antes da bola rolar e sempre era recebido no Estádio pelo seu Gino, pelo seu Zé, pelos porteiros velhos conhecidos e por Casemiro Silva, o amigo Miro, que trabalhava no tricolor, adorava a Jovem Pan da época e hoje está em Orlando, na Flórida, trabalhando ainda com esporte



Pode haver quem goste do tricolor igual o Miro, mas mais que ele, não. É sãopaulino até debaixo da água e tem sofrido muito com seu time. Mas quando ainda estava na Play FM, com os Tops da Bola, o Miro me mandou uma foto desse repórter abelhudo num momento de ternura entrevistando um garotinho. O garotinho cresceu, continua adorando o São Paulo, o esporte e principalmente o seu papai. É o Renato Casemiro, filho do Miro, que mesmo garotinho na época frequentava o Morumbi e já dava seus pitacos além de conviver com a boleirada toda.



Essa é a foto que ilustra esse Post. A gente envelhece no filho dos outros também. O cara cresceu e eu passei. Tinha até mais cabelo, não estava tão branquinho como hoje, eram outros tempos do rádio e do futebol. Boa saudade. Obrigado, Miro, obrigado Renato. Como dizem por aí, não é mesmo só futebol. É relacionamento humano que a gente faz pelo caminho e que nos marca para sempre. É, o tempo passa devagar, mas é muito rápido.







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