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O FUTEBOL E A VIDA



A vida da gente é como o futebol.


1 - Quando uma partida começa, ambas as equipes levam um tempo até entenderem o que está acontecendo em campo. Da mesma forma, quando uma vida começa levamos um tempo até entendermos tudo o que rola ao nosso redor. Às vezes, tal entendimento – tanto das equipes quanto da gente – se dá de forma precoce, só que mesmo quando isso acontece quase sempre dura pouco. E o jogo vira.


2 – Quando uma partida chega aos 15, 20, 25 minutos do primeiro tempo, ambas as equipes têm certeza de que sabem exatamente como devem jogar para alcançar a vitória, só que quase sempre estão erradas. Da mesma forma, quando chegamos aos 15, 20, 25 anos de vida temos certeza de que sabemos tudo dela, mas nas verdade quase sempre sabemos pouco. E por isso – tanto as equipes quanto a gente – cometemos tantos erros nesta etapa do jogo e nesta etapa da vida.


3 – Quando uma partida atinge os 30, 35, 45 minutos da etapa inicial, ambas as equipes já entenderam o que se passa em campo, já escolheram as melhores táticas e jogadas e buscam, firmes, o gol. Da mesma forma, quando chegamos aos 30, 35, 45 anos de vida já estamos maduros o suficiente para tomarmos todas as decisões para atingirmos nossos objetivos. E por isso – tanto as equipes quanto a gente – geralmente atingimos os objetivos.


4 – Quando uma partida chega ao seu intervalo, ambas as equipes dão um tempo, respiram, descansam e traçam os planos para a segunda etapa - do jogo. Da mesma forma, quando uma vida chega aos 50, 55, 60 anos também tiramos um tempo para refletir sobre tudo o que fizemos até então e, assim, definirmos como será a segunda etapa – da vida.


5 – Quando uma partida chega ao seu segundo tempo, ambas as equipes sabem que, mais cedo ou mais tarde, a perna vai começar a pesar, o raciocínio não será mais tão ágil e, algumas vezes, uma ou outra decisão pode não vir a ser a mais correta. Mas, ainda assim, seguem firmes, lutando pela vitória. Da mesma forma, quando chegamos ao segundo tempo de nossas vidas, sabemos que, mais cedo ou mais tarde, um ou outro contratempo, uma ou outra doença, vão dar as caras para testar a nossa resiliência e a nossa fé. Mas, mesmo assim, seguimos firmes, lutando para que qualquer contratempo, qualquer doença jamais possam nos vencer.


6 – Quando uma partida chega ao fim, nem sempre uma equipe a venceu. Mas, se agiu como deveria agir desde que o jogo começou, termina sua apresentação de cabeça erguida e com a convicção de dever cumprido. Da mesma forma, quando chegamos ao fim desta passagem aqui embaixo, nem sempre sentimos que fizemos e tivemos tudo o que deveríamos ter feito e tido. Mas se agimos como deveríamos ter agido, se fomos da forma como deveríamos ter sido, terminamos este capítulo de nossa história da mesma forma - de cabeça erguida e com a convicção de dever cumprido.


A única diferença nesta história é que uma partida de futebol, cedo ou tarde, uma hora acaba; já a vida não acaba jamais.


P.S.: Esta crônica, que marca meu retorno a esta página, é uma homenagem a um cara sensacional que, mesmo enfrentando os percalços que acontecem tanto dentro quanto fora de campo, certamente saberá superá-los e continuará a ser um vencedor. Ele não é, nem de longe, muito bom na bola, mas é um grande craque na vida.


Boa sorte, Seródio.

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Márcio Trevisan é jornalista esportivo há 35 anos. Escritor com cinco livros publicados, começou no extinto jornal A Gazeta Esportiva, onde atuou por 12 anos. Editou várias revistas, esteve à frente de vários sites, fez parte de mesas redondas na TV e foi assessor de Imprensa da S. E. Palmeiras e do SAFESP. Há 17 anos iniciou suas atividades como Apresentador, Mestre de Cerimônias e Celebrante, tendo mais de 450 eventos em seu currículo. Hoje, mantém os sites www.senhorpalmeiras.com.br< span style="font-family:Gabriola"> e www.marciotrevisan.com.br. Contatos diretos com o colunista podem ser feitos pelo endereço eletrônico apresentador@marciotrevisan.com.br.< /span>



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