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  • Foto do escritorFutebol em Rede

Conheci minha avó num sonho


Vou contar uma coisa que não sei se aconteceu. Talvez tenha sido coisa da minha cabeça, talvez não. Não tem muita explicação, mas para mim é tão claro como um dia de sol embora tenha ocorrido numa madrugada. Não sou daqueles que acreditam em tudo e nem que desacreditam de tudo. Acho que sou pequeno demais para tentar explicar coisas que talvez não deva mesmo entender. Acredito que não estamos aqui por acaso. Para o bem e para o mal.



Não sou fanático religioso, mas acredito em Deus independente da religião. Quando preciso de uma ajuda divina, ou algo assim, sempre rezo, peço e encerro com a seguinte frase: "Desde que eu mereça". Não faço promessas a Deus nem aos Santos. Acho que promessa é uma chantagem. Ah, se o senhor me ajudar nisso acenderei uma vela de 7 dias ou andarei de joelhos ou ajudarei crianças desamparadas, velhos e afins. Isso você tem que fazer todo dia se tiver condição. Tem que ser bom todo dia não apenas quando precisa de uma Graça de graça.



Por isso depois de muito pensar resolvi contar algo que se passou comigo. No fim de 2018, eu e minha esposa fomos para Mendoza, na Argentina, para fazer o circuito do vinho e saborear o melhor Malbec do Mundo. Foi uma semana apenas. A minha filha mais nova estava grávida e iria dar à luz apenas no início de 2019. Mas a gravidez era difícil, era de risco, embora estivesse sob controle.



Quando voltamos da viagem ficamos sabendo que ela estava internada. Resolveu manter a informação em sigilo, segundo ela, para não atrapalhar nossas "férias". A minha netinha nasceu prematuramente dia 14 de dezembro de 2018, dois dias antes do aniversário do orgulhoso vovô, mas ficou na incubadora ainda sob cuidados e muita preocupação. Éramos liberados para visitá-la uma vez por semana. A preocupação aumentava todo dia.



Uma madrugada depois de conseguir pegar no sono, senti alguém tocando a ponta do meu nariz. Era um sonho? Abri os olhos e ajoelhada ao lado da cama estava uma senhora com longos cabelos brancos. Ainda era um sonho? Não sei mais. Ela disse: "A menina vai ficar bem. Eu sou sua avó Teresa". Detalhe: Eu não conheci minha avó paterna, esposa do meu avô Antônio Quartarollo. Ela morreu dias antes de eu nascer. Eu não lembrava nem o nome dela. Me levantei da cama assustado e a Nina minha cachorra estava de orelha em pé no corredor olhando para o vazio. O que será que ela viu? Daí olhou para mim e uivou baixinho.



No dia seguinte pela manhã contatei meus irmãos para perguntar como era mesmo o nome da nossa avó paterna. Veio a resposta: Teresa Beraldelli, falecida no início de dezembro de 1957. O dia certo ninguém lembrava. Fiquei pasmo. A menina começou a melhorar e poucos dias depois teve alta. Hoje corre por aí, é hiperativa e está maravilhosamente bem. Não sei se tudo isso foi um sonho bom, se foi coisa da minha cabeça, não sei explicar, mas onde você estiver, vó Teresa, nos ajude. Estamos precisando. Espero que a gente mereça mais uma vez.









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