Eu amo o futebol.
Por isso, sempre que alguém me pergunta o que ele representa pra mim, minha resposta é sempre a mesma: ele é minha vida.
Por isso, 99% dos textos que já escrevi e comentários que já fiz versaram sobre ele.
Por isso, o tema de todos os cinco livros que já publiquei foi sempre ele.
Por isso – ou melhor: principalmente por isso –, todos eles fizeram sucesso.
Por isso, quando algo de ruim acontece com ele, ou por causa dele, é como se acontecesse comigo.
Por isso, hoje eu mal consigo fazer o que mais gosto de fazer: falar dele, escrever sobre ele.
Por isso, agora eu estou triste, como se alguém muito querido estivesse doente. Aliás, acho mesmo que ele está.
Por isso, é bom que todos saibamos que ele nada mais é do que o espelho de uma sociedade que, gradativa mas também celeremente, parece perder todos os rumos, desrespeitar todos os parâmetros, esquecer o que sempre foi o certo e não ter vergonha de mostrar a todos que se aproxima do egoísmo, da intransigência e do desrespeito com a mesma velocidade com que se distancia da solidariedade, da empatia e do amor.
Por isso, que fique bem claro a todo mundo: enquanto ela – a sociedade – não se curar, ele – o futebol – continuará doente, pois a melhor no estado de saúde de um depende da cura da outra.
A culpa não é dele. É dela.
Márcio Trevisan é jornalista esportivo há 34 anos. Escritor com cinco livros publicados, começou no extinto jornal A Gazeta Esportiva, onde atuou por 12 anos. Editou várias revistas, esteve à frente de vários sites, fez parte de mesas redondas na TV e foi assessor de Imprensa da S. E. Palmeiras e do SAFESP. Há 17 anos iniciou suas atividades como Apresentador, Mestre de Cerimônias e Celebrante, tendo mais de 450 eventos em seu currículo. Hoje, mantém os sites www.senhorpalmeiras.com.br e www.marciotrevisan.com.br. Contatos diretos com o colunista podem ser feitos pelo endereço eletrônico apresentador@marciotrevisan.com.br.
