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  • Foto do escritorFutebol em Rede

UM PROBLEMA PARA APOLÍCIA NÃO CBF E FPF


A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo depois do jogo São Paulo 3 x Flamengo 0 enviou ofício para a CBF e FPF na tentativa de evitar que torcedores voltem a se aglomerar nos arredores de estádios em dias de jogos.

Antes desse jogo que classificaria o tricolor para as semifinais da Copa do Brasil (outro chocolate no freguês Mengão), centenas de torcedores se aglomeraram na praça em frente ao Estádio, esperando e depois saudando a delegação. Uma loucura! Fogos, faixas, todos pulando, gritando, cantando o Hino do Clube. Foi uma festa e ajuda importante para o time lutar para mais uma brilhante vitória.

O problema foi a aglomeração. Torcedores sem máscara, sem camisa, pulando e se abraçando. Loucura total. Tudo condenável em época de Pandemia.

Incalculável quantos poderiam estar contaminados. Quantos podem ter sido contaminados nessa aglomeração? Antes das 20 horas o número já era enorme na praça.

E após a vitória a torcida ainda estava por lá num embalo total.

Uma irresponsabilidade, concordam? Nesse dia ninguém que estava lá pensava no Corona Vírus.

Em razão do ofício enviado à CBF e FPF na próxima semana haverá uma reunião em dia e local a serem anunciados.

Participarão nesse encontro o pessoal da área de Saúde do Município e do Estado, dirigentes dos Clubes, da CBF, da FPF, das Torcidas Organizadas e claro das Polícias Militar e Civil.

Nesse ofício enviado à CBF e FPF está citado o Artigo 14 do Estatuto do Torcedores que enfatiza: “A responsabilidade pela segurança do torcedor em eventos esportivos é da entidade da pratica esportiva detentora do mando de jogo e dos seus dirigentes.”

Nada contra essa reunião que reunirá todos os envolvidos na realização de uma partida de futebol.

Mas, cá para nós, esse problema fora dos estádios é dos Clubes ou das autoridades públicas de Segurança (Polícia Militar e Civil)?

Querem que os Clubes contratem seguranças para ação nas áreas externas? Isso é permitido? NÃO.

Nos borderôs dos jogos, há taxas pagas ao policiamento interno nos estádios e do trânsito em volta deles.

Neste momento em que os jogos são realizados sem a presença de público, inexistem as receitas de bilheteria. Todos, todos, todos os Clubes estão com as suas receitas diminuídas além da perda de

patrocínios. Inadimplência é geral.

Reitero, fora dos estádios esse problema é de polícia. CBF, FPF, outras Federações e Clubes não têm nada com isso.

Logo mais vão querer que as Federações se responsabilizem pelos “encontros” marcados pela internet, para se encontrarem e se matarem em locais longe dos estádios?

Ao longo da carreira, muitas vezes cobri reuniões na Federação que tais com dirigentes, autoridades militares, civis e “chefões” das organizadas, durante as quais os chefes concordavam com tudo, juravam amizade, serem um bem para o futebol, selavam as pazes... viravam “Santos”. À época da Federação na Av. Brigadeiro Luiz Antônio, terminada a reunião, ao saírem do prédio, membros de torcidas estavam emboscados e o “pau” comia solto. Brigas que paravam o trânsito e causavam prejuízos ao comércio do entorno.

Essa é a realidade. Esse “pepino” está na horta da Polícia.

E não contemos com bom senso na luta contra o Corona Vírus. As baladas e os “pancadões” estão aí como prova da irresponsabilidade de muitos brasileiros (de todas as idades, classes sociais e origens).


Um abraço,

Lucas Neto



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