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Os erros grotescos de Abel Ferreira


Abel Ferreira perdeu o foco. Logo ele, que em seu livro, e em entrevistas, prega o Cabeça fria e coração quente, agora está mais preocupado em ensinar jornalismo para jornalistas.

Às vezes grosseiro e, na maior parte do tempo, irônico diante das perguntas mais habituais, corriqueiras e necessárias, dá sinais de que anda se esquecendo de armar esquemas táticos eficientes para que o seu Palmeiras retome o rumo das vitórias.

Abel empilhou títulos como técnico do Palmeiras.

Ele é competente.

Isso é inquestionável.

Ninguém é maluco de colocar isso em dúvida.

Mas as suas entrevistas coletivas mais recentes dão sinais de que ele está saturado. Com vontade de ir embora, largar tudo nas mãos da presidente Leila Pereira, a mandatária palmeirense que é um poço de petulância. Ela, Leila, confiou tanto no trabalho de Abel Ferreira que concluiu que não precisava contratar reforços para repor as perdas.

Que foram muitas.

Dudu, a última das perdas, está lesionado e só volta a jogar ano que vem. O time sentiu muito a falta de seu atacante mais ousado que, mesmo quando não ia tão bem assim em campo, exigia marcação constante dos adversários.

Sem Dudu, o Palmeiras é um vazio de ideias em seu ataque.

Foi assim mais uma vez contra o Boca.

O resultado foi a eliminação da equipe da Copa Libertadores da América.

E aí vale voltar ao início do texto e lembrar que Abel Ferreira perdeu o foco e agora só pensa em responder com ironias e grosserias as perguntas dos repórteres.

Abel Ferreira mais uma vez escalou pessimamente o Palmeiras para os dois confrontos contra o Boca Juniors. Nesta quinta-feira, no Allianz Parque, insistiu em manter Marcos Rocha e Mayke pelo lado direito do ataque.

O habilidosíssimo e veloz Endrick, em Buenos Aires, no empate em 0 a 0, só foi colocado para jogar quando faltavam dois minutos para o final da partida.

Na partida de volta, Endrick entrou no intervalo. Com ele no time, o Palmeiras foi outro. Insinuante, veloz, driblador, Endrick foi um tormento para os zagueiros adversários.

Mudou o cenário do embate.

Foi peça essencial para que o Palmeiras empatasse a partida e levasse o confronto para a disputa de pênaltis.

Não deu para o Palmeiras.

Mas Endrick, junto com outro novato, Kevin, levaram o Palmeiras ao ataque.

E ao empate.

Antes mesmo do início das cobranças de pênaltis, Abel Ferreira correu para o vestiário. Não viu os seus comandados serem derrotados pelo time argentino, por 4 a 2.

Péssimo comportamento de quem se vangloria de ter cabeça fria e o coração quente. Não estava em campo para confortar seus jogadores na hora da desolação.

E qual será a reação dos derrotados jogadores palmeirenses diante da atitude de seu chefe?

O tempo dirá.

Se a arrogância do chefe fará o grupo perder a confiança nele.

Sigamos!


Wladimir Miranda cobriu duas copas do mundo (90 e 98). Trabalhou nos jornais Gazeta Esportiva, Diário Popular, Jornal da Tarde, Diário do Comércio e também na Agência Estado. Iniciou no jornalismo na Rádio Gazeta. Trabalhou também na TVS, atual SBT. Escreveu dois livros,de grande aceitação no mercado editorial: O artilheiro indomável, as incríveis histórias de Serginho Chulapa e Esconderijos do futebol.

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