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ACABOU-SE O QUE ERA DOCE. SERÁ?


Tudo na vida tem começo, meio e fim.

A sensacional fase que vive o Palmeiras desde a chegada de Abel Ferreira, em novembro de 2020 (portanto, há praticamente três anos), recolocou o time no patamar onde esteve na maior parte de sua mais do que centenária história. Afinal, foram nada menos do que oito títulos desde então: Copa do Brasil/20, Copa Libertadores/20, Copa Libertadores/21, Paulista/22, Recopa Sul-Americana/22, Brasileirão/22, Supercopa do Brasil/23 e Paulistão/23 (isso, claro, sem que falemos nos vices da Supercopa do Brasil/21, da Recopa Sul-Americana/21, do Paulistão/21 e do Mundial Interclubes/22).

Tais conquistas, que se somadas às cinco que a equipe angariou desde que inaugurou sua nova arena (Copa do Brasil/15, Brasileirão/16, Brasileirão/18, Florida Cup/20 e Paulistão/20) e às segundas colocações (Paulistão/15, Copa Antel/16, Brasileirão/17 e Paulistão/18) atingem a quase inacreditável soma de 13 taças de campeão e oito de vice em nove 9 anos, fez com que torcida, diretoria e jornalistas não tivessem mais dúvidas: estava criada, e consequentemente eternizada, a Terceira Academia.

Porém, os insucessos nas competições que disputou no restante desta temporada, quando foi eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil e nas semifinais da Copa Libertadores e também ao fato de, neste momento, serem pra lá de remotas as chances de garantir mais um título do Campeonato Brasileiro, já fazem muitos torcedores, palmeirenses ou não, acreditarem que o que era doce se acabou.

E todos, incluindo-se aqui a Imprensa Esportiva, já encontraram a principal causa desta queda de rendimento: a falta de empenho por parte da presidente Leila Pereira em reforçar a equipe, sobretudo após as várias saídas que aconteceram e, também, à gravíssima contusão de Dudu, que só voltará a atuar no meio do ano que vem. Só que tamanha inércia por parte da mandatária alviverde não é por acaso, pois tudo não passa de uma inteligente estratégia adotada por ela. Como vimos acima, mesmo que já não tenha ganhado a Copa do Brasil e a Libertadores e, provavelmente, também o Brasileirão, o Palmeiras já faturou dois canecos na temporada. Ou seja: não se pode dizer, de forma alguma, que 2023 foi ruim pelos lados da Academia de Futebol, certo?

Além disso, a dirigente sonha em ser reeleita por mais um triênio à presidência do clube nas eleições que acontecerão em dezembro de 2024. Desta forma, é muito mais astuto para ela esperar a próxima temporada e, aí sim, reforçar o Palmeiras com nomes de peso para ter maiores chances de faturar mais títulos no ano em que acontecerá o pleito, o que obviamente facilitaria em muito a sua reeleição.

Por isso, creio ser um pouco precipitado dizer que a Terceira Academia acabou. Convém à galera verde e principalmente à que torce por outros clubes esperar pelo ano que vem pois, talvez, esta brilhante fase do Verdão ainda perdure por mais alguns anos.

Será?

­­­­­­­­­Márcio Trevisan é jornalista esportivo há 35 anos. Escritor com cinco livros publicados, começou no extinto jornal A Gazeta Esportiva, onde atuou por 12 anos. Editou várias revistas, esteve à frente de vários sites, fez parte de mesas redondas na TV e foi assessor de Imprensa da S. E. Palmeiras e do SAFESP. Há 17 anos iniciou suas atividades como Apresentador, Mestre de Cerimônias e Celebrante, tendo mais de 450 eventos em seu currículo. Hoje, mantém os sites www.senhorpalmeiras.com.br e www.marciotrevisan.com.br. Contatos diretos com o colunista podem ser feitos pelo endereço eletrônico apresentador@marciotrevisan.com.br.



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