Arthur Antunes Coimbra é um dos maiores caras que eu conheci no futebol. Talentoso, genial e ao mesmo tempo simples, humilde demais. Esse é Zico, um dos grandes jogadores da história do futebol. Esse merecia ter ganhado pelo menos uma Copa do Mundo, mas figura como um dos craques da Seleção de 1982, considerada uma das melhores de todos os tempos. Agora ele como diretor técnico do Kashima Antlers tem a quase impossível missão de ganhar do Real Madrid na semifinal do Mundial, dia 19 próximo.
Eu particularmente penso que o Real Madrid passará pelo Kashima e também ganha na final do River Plate, da Argentina. Mas não custa sonhar e o futebol permite esse tipo de situação. Vai que não é a noite dos merengues, vai que o goleiro falha, que o árbitro erra. Pode acontecer, futebol tem dessas coisas.
Já imaginaram Zico na final do Mundial no próximo dia 22, em Abu Dhabi, ele que foi campeão como jogador com o magistral time do Flamengo, em 1981, contra o Liverpool numa final memorável? Seria a glória para o Galinho. Eu ficaria feliz, gosto muito do Zico e acho que é um cara que faz bem para o esporte.
Ele fez o futebol do Japão começar a calçar chuteiras e por isso é tão respeitado por lá. Se chegar com o Kashima à final contra o River Plate terá o respeito até dos Samurais. A vitória sobre o Chivas Guadalajara, 3×2, foi muito boa e deu confiança ao time japonês. E mais uma vez um time mexicano não consegue chegar a uma fase importante do Mundial de Clubes. Virou rotina. Todo ano é sempre assim.
Boa sorte, Zico. Agora é o homem usa terno. Virou diretor técnico. Mas quem é Rei não perde a majestade. Pé embaixo, boa semifinal contra o Real.