Todo mundo conhece este ditado, mas nem todos lhe dão bola.
Por isso decidi torná-lo o tema central desta coluna, pois no fim desta semana dois dos maiores clubes do planeta terão pela frente jogos decisivos nos quais não podem, de jeito nenhum, nem pensar em vacilar. O Palmeiras, no sábado, e o São Paulo, na segunda-feira, lutarão por uma vaga nas semifinais do Campeonato Paulista contra adversários que não têm um milésimo de suas glórias, mas que ainda assim prometem ser pra lá de indigestos.
Dono da segunda melhor campanha na fase de classificação, o São Bernardo não tem absolutamente nada a perder. Tendo pela frente um dos melhores times – e, para muitos, até mesmo o melhor time – do Brasil, sua responsabilidade é zero. Afinal, o que de pior pode lhe acontecer? Perder, mesmo que de goleada (algo improvável), numa Arena Palestra Itália lotada? Se isso acontecer, é certo que o trabalho desenvolvido por Márcio Zanardi, disparado o melhor treinador deste Paulistão, seguirá normalmente na Série C do Campeonato Brasileiro. Ou seja: que o Verdão espere um adversário que jogará livre, leve e solto, buscando a vitória e, se ela vier, conseguirá o maior resultado de toda a sua história.
Situação mais ou menos semelhante vive o São Paulo. Por um lado, encarará um time ainda menor, o Água Santa, mas que cumpriu uma quase inacreditável campanha até aqui: sete vitórias e 23 pontos nos 12 jogos que disputou, números que lhe garantiram a quarta melhor performance (aliás, quase idêntica à do seu adversário das quartas-de-final, sendo superado apenas no critério de saldo de gols). Porém, por outro lado, o Tricolor terá a desvantagem de, mesmo tendo sua imensa torcida a apoiá-lo, não jogar no Morumbi, alugado para um show, mas sim no estádio palmeirense, no qual a grama é sintética e o seu histórico nada positivo. Ou seja: todo o cuidado será pouco.
Perceberam? Se o Corinthians diante do Ituano e o Bragantino frente ao Botafogo de Ribeirão Preto/SP não têm muito com o que se preocupar, o mesmo não se pode dizer em relação a Palmeiras e São Paulo.
Mas eu, pelo menos, já fiz a minha parte. Afinal, diz um antigo ditado que quem avisa amigo é.
Márcio Trevisan é jornalista esportivo há 34 anos. Escritor com cinco livros publicados, começou no extinto jornal A Gazeta Esportiva, onde atuou por 12 anos. Editou várias revistas, esteve à frente de vários sites, fez parte de mesas redondas na TV e foi assessor de Imprensa da S. E. Palmeiras e do SAFESP. Há 17 anos iniciou suas atividades como Apresentador, Mestre de Cerimônias e Celebrante, tendo mais de 450 eventos em seu currículo. Hoje, mantém os sites www.senhorpalmeiras.com.br e www.marciotrevisan.com.br. Contatos diretos com o colunista podem ser feitos pelo endereço eletrônico apresentador@marciotrevisan.com.br
Comments