Talvez pela presença ilustre do presidente da Fifa no jogo, o envergonhado VAR brasileiro quis provar que poderia estar na Copa, o que não vai acontecer por sua própria incompetência. Aqui no Brasil a arbitragem inventa pênaltis e expulsões que em outros lugares do Mundo raramente acontecem. O Corinthians está chorando um pênalti que não foi para justificar o empate com o Flamengo na primeira final da Copa do Brasil. Dessa vez, na minha opinião, o VAR acertou.
Não adianta pegar uma imagem parada e dizer isso é pênalti. A imagem não vale por mil palavras. Ela só registra um átimo de milésimos daquilo que aconteceu e na maioria das vezes falseia a verdade. Idem para a famigerada câmera lenta, recurso escandalosamente usado pela arbitragem de vídeo e pelos comentaristas de arbitragem. O jogo é disputado em outra velocidade. Qualquer toque ou pisão em câmera lenta fica mais grave do que é.
Até o calmo e educado, Duílio Monteiro Alves, presidente do Corinthians, apelou dizendo que o seu time foi muito prejudicado. Em primeiro lugar, para ser campeão o Corinthians tem que jogar mais. Foi inferior ao Flamengo mesmo em casa. Só não tomou gol por causa do grande Cássio e da trave que parou o chute de David Luiz. A verdade é que o time pouco criou. Seus principais jogadores pouco fizeram também pela boa marcação do Flamengo.
No lance reclamado a bola é tocada para Yuri Alberto, que faz o corta-luz tentando deixar a bola passar para Giuliano. Atrás dele está o zagueiro Léo Pereira praticamente colado ao corpo de Yuri. A bola bate no braço esquerdo de Léo Pereira, que está mais prestando atenção no centro-avante do que na bola. Ele ainda fecha o braço para diminuir o espaço e evitar o toque. Não abre o braço para alargar o espaço como disseram por aí. Movimento natural. Jogada de bola na mão. Não é falta e nem pênalti.
Admito que muitos pênaltis iguais já foram dados. Mas não deviam. Virou uma febre achar que toda bola que bate na mão ou no braço é pênalti principalmente no VAR brasileiro. Os corintianos voltam à Copa do Brasil, de 2020, para justificar suas reclamações. Ah, mas contra o América Mineiro o árbitro deu pênalti de Piton que acabou eliminando o Corinthians. Verdade, aquele pênalti foi escandalosamente dado pelo árbitro Wagner Nascimento Magalhães e o Var, Carlos Eduardo Braga, ambos do Rio de Janeiro. Piton estava de costas, a bola ia atravessar a área e bateu no braço do lateral. Erro inadmissível e muito criticado na ocasião.
Não se deve esperar mesmos critérios de árbitros diferentes. Não é porque Magalhães errou feio naquele jogo contra o América que deve se esperar o mesmo de Bráulio da Silva Machado, que apitou, em Itaquera. O Var também era outro. Dessa vez era Rodrigo D'Alonso, catarinense como o árbitro. Portanto, pare de chorar e jogar para a torcida, Corinthians. O seu negócio é jogar no campo na volta do Maracanã.
Provavelmente o árbitro da finalíssima será Wilton Pereira Sampaio, que vai à Copa do Qatar, no fim do ano. O outro brasileiro que vai à Copa é Raphael Claus, mas por ser paulista não será escalado para uma final Flamengo x Corinthians.
Em tempo: O Corinthians reclama também da não expulsão de João Gomes, que levou amarelo, estava pendurado e não joga a final, no Rio. Particularmente, eu não teria dado o amarelo na jogada com Fagner. Até porque ninguém deve disputar a bola com Fagner com o pé mole. Achei rigoroso o cartão, mas talvez o árbitro tenha tentado controlar o jogo naquele momento. Depois num outro lance que até merecia amarelo ele não recebeu. Seria amarelo duplicado, portanto vermelho. Mas o árbitro sabia que exagerou no primeiro cartão e segurou a onda. O futebol tem também essas regrinhas não escritas.
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