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NA DESPEDIDA DE CUCA,UMA TRISTE REALIDADE

Olá amigos .


Antes da penúltima rodada do Brasileirão 2020, Cuca (Foto - esporte.ig.com.br), excelente treinador, anunciou e confirmou a sua saída do Santos após o término de seu contrato em 28 deste mês.

Em entrevista coletiva, agradeceu a colaboração da diretoria do Clube, a anterior e a atual recentemente empossada, comandada pelo presidente Andrés Rueda. Enalteceu a dedicação de todos os funcionários santistas e os atletas do elenco principal e da base. Confirmou a competência de todos que trabalham no futebol, da área técnica, médica aos mais simples colaboradores.

Percebeu-se nessa sua manifestação a sinceridade das suas palavras e também o momento terrível que o Santos está vivendo: dívidas assustadoras; situação política tensa e complicada; impedimentos legais de novas contratações; necessidades de vender atletas importantes do elenco principal e promessas das equipes de base.

Sem dúvida um retrato muito atual de muitos clubes - grandes, médios ou pequenos - do futebol brasileiro.

Depois dessas considerações, Cuca confirmou o desgaste enorme que teve ao longo desta sua nova volta ao Peixe. Lembrou do problema no coração que o obrigou a passar por cirurgia e longo tratamento de recuperação. Recentemente, contaminação pelo Coronavírus.

E a partir daí entrou diretamente na abordagem do trabalho exigido para conseguir acertar o futebol santista. Conseguiu fechar com os jogadores uma união, dedicação e colaboração extraordinária, mesmo com os atrasos de pagamento de salários, prêmios e cumprimento de cláusulas contratuais.

Muitos jogadores negociados, elenco curto, contusões, suspensões por cartões, assuntos e problemas particulares de atletas, exigiram muito dele e dos membros da Comissão Técnica.

Enquanto ele elencava essas dificuldades, eu, ouvindo-o, me lembrava daqueles chineses dos circos de antigamente, equilibristas de pratos que giravam movidos sobre varas em uma bancada. O cara colocava mais um prato na bancada e corria para mexer noutro que estava caindo e assim sucessivamente por uns dez minutos.

Mal comparando, é assim que Cuca viveu ao longo de todo este contrato que está terminando agora no final de Fevereiro.

Conseguiu milagres. Aproveitou a experiência que tem e que adquiriu como bom jogador que foi e depois como treinador, somando currículo com inúmeros e importantes títulos.

Boa cabeça e boa formação familiar, transformou-se em “irmão mais velho” e/ou “meio paizão” de muitos “boleiros”.

Ex-jogadores, técnicos iniciantes, têm sempre uma atenção especial quando começam a se preparar ou já dão os primeiros passos em suas carreiras.

Cuca é um cara do bem.

Tem muita “lenha para queimar”.

Tomara não estique muito esse período “sabático”. Volte logo ao trabalho. Você é um dos bons exemplos para o nosso futebol.

Um abraço.

Lucas Neto



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