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LIÇÕES DO MUNDIAL


O Palmeiras fez no Mundial de Clubes um bom papel e mostrou evolução neste ano em relação ao fiasco da temporada passada. Cumpriu com louvor a obrigação, disputar a final da competição com chances de conquistar o sonhado Mundial. Portanto, o torcedor tem motivos para orgulhar-se do clube na competição. Não faltaram esforço, vontade e qualidade técnica. Levantar a taça e quebrar a escrita de superioridade dos europeus em relação ao resto do planeta, é outro assunto e merece reflexão.


O mais importante, deu jogo entre Palmeiras e Chelsea na decisão. O que prova que a tal superioridade europeia não é bicho de sete cabeças. O time inglês tem maior investimento, mais jogador de qualidade para eventuais substituições. Porém, não é um abismo intransponível. Essa a primeira lição. O Palmeiras entrou em campo muito bem fechado e no seu plano de jogo favorito, o contra-ataque. No popular, era jogar por uma bola e essa bola não apareceu exatamente do jeito certo. O Chelsea teve muita dificuldade para fazer o seu jogo. O resultado acabou saindo nos detalhes.


O grande mérito do treinador Abel Ferreira no Palmeiras foi implantar um sistema de jogo. Jogo reativo, explorando erros do adversário. Sim, deu certo. Foram três títulos de grande expressão. No entanto, ainda falta criar alternativa. O Palmeiras não pode ser um samba de uma nota só. Fechar o time com uma linha de seis na defesa para segurar o Chelsea, recuando Rony para reforçar marcação e fechando espaços com Dudu e Raphael Veiga, sem a bola foi ótimo. Faltou ensaiar algo para ter posse de bola e tirar a defesa adversária da zona de conforto.


Arrisco a dizer que, um pouco mais de ousadia, e o Palmeiras poderia sim levar a melhor na decisão. Foi o que deu para fazer com o que tinha. Faltou um centroavante para incomodar os zagueiros adversários e fazer o pivô para a reação em velocidade do time. Segunda lição, não dá para apostar numa única alternativa de jogo e para mudar isso, faltam jogadores. Tiago Silva deu um presentão no gol de empate, jogador de seleção e Copa do Mundo não pode cometer erros infantis. Luan deu azar e empatou no handball dentro da área. Não é perseguição. Acabei de escrever deu azar no lance. Porém, minha opinião, Luan é o ponto fraco da zaga verde.


Terceira lição, não dá para ver jogo com o coração. Pênalti de protocolo, VAR do inimigo e perseguição, é apelação. Podem arrumar justificativa, mas Tiago Silva fez pênalti e Luan também. Não dá pata impor a regra acidente de ofício e deixar rolar solto. Atacante que, sem querer toca com a mão na bola e faz gol, é punido por beneficiar-se no lance. Zagueiro quando acidentalmente desvia a bola com a mão também é beneficiado. Vale para Chico, vale para Francisco.


Resumo da ópera. Faltou pouco. Talvez mais ousadia e o Palmeiras teria mandado para outro planeta a superioridade europeia. O Chelsea provou que não é tão superior ao time brasileiro. Os ingleses não jogaram para justificar tanta badalação. Lógico que fica a frustração de não ganhar o título. Mas o Palmeiras não foi amassado por ninguém. Lutou e teve virtudes nesse Mundial. Para realizar o sonho maior, falta corrigir pequenos defeitos e não desistir de evoluir dentro e fora de campo.

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