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DESASTRE DE DOHA

A participação do Palmeiras no Mundial de Clubes foi decepcionante. Um quarto lugar, sem marcar sequer um gol e perdendo nos pênaltis, com todo o respeito, para um time do Egito. Ficará marcado como o primeiro clube brasileiro a ficar nessa situação na competição. Um resultado pífio. Um balde de água estupidamente gelada em quem vibrou com a Libertadores e sonhava ver o alviverde imponente lutando por um Mundial.



O desastre de Doha dói muito mais do que perder para o Manchester United em 1999, com uma falha do santo Marcos. Será mais criticado do que transformar a Copa Rio em Mundial, na marra. Inconformado, o torcedor palmeirense deve rever o otimismo com o Palmeiras de Abel Ferreira ( Foto - @Palmeiras ). Venceu e Libertadores, fato consumado. Porém, é melhor entender que apesar da bela companha em números, só numa partida o Palmeiras arrancou aplausos, contra o River Plate em Buenos Aires.


Vamos fincar os pés no chão. Até a semifinal da Libertadores, o Palmeiras não enfrentou nenhum adversário de peso. Era natural que chegasse na briga pelo caneco. Fez um jogo excelente em Buenos Aires, a melhor partida do Palmeiras com Abel Ferreira. Levou o troco em casa e contou a rigidez da arbitragem com VAR, pela primeira vez na história, contra um grande argentino. Na decisão contra o Santos, o gol do título veio nos acréscimos, na raça. Não houve superioridade, não houve grande jogo, foi no laço.


Abel Ferreira tem méritos. Não tão absolutos como muitos imaginavam. A base do time foi criada por Luxemburgo, a melhor fase da equipe nas mãos do auxiliar Andrey Cebola. Poupemos os confetes, porque, nitidamente houve exagero nos elogios ao português. Sim, o Palmeiras briga pelo título da Copa do Brasil diante do Grêmio. Pode até encerrar a temporada com três dos cinco canecos que disputou. No entanto, no Paulista, deixou o rival empatar e levou nos pênaltis. Na Libertadores, venceu sem empolgar.


Esse time ainda está longe de deixar o torcedor orgulhoso. Posso queimar a língua diante do Grêmio na Copa do Brasil. Teria a língua queimada com satisfação se o Palmeiras jogasse como em Buenos Aires diante do River Plate. Essa sim, vitória para ficar na memória. O professor Abel Ferreira é jovem, reconheço ter predicados, mas até hoje o aluno Palmeiras passou de ano, sem merecer festa e com algumas notas vermelhas no boletim.

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