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  • Foto do escritorFutebol em Rede

COM SURPRESAS E SEM BRILHO


As duas finais europeias que movimentaram a semana deixaram um gosto amargo para quem gosta de espetáculo. Dois jogos com poucas chances de gol, apesar de equilibrados. O que surpreendeu o torcedor, só deu “zebra” nas decisões. Na Liga Europa, o Villarreal levantou o caneco diante do tradicional Manchester United. Na Liga dos Campeões, o favoritíssimo Manchester City, caiu diante do Chelsea. Resultados inesperados e o futebol esperado, não aconteceu.


Na Liga Europa, a decisão terminou numa longa disputa de pênaltis, onde espanhóis e ingleses acertaram mais do que no tempo normal e na prorrogação. Saiu campeão numa pequena ironia, o goleiro espanhol que defende o Manchester United, errou sua cobrança. O Villarreal de Unai Emery foi campeão pela primeira vez na sua história. O treinador espanhol que passou pelo futebol inglês, conquistou pela quarta vez a competição. Venceu três vezes pelo Sevilla e agora pelo Villarreal.


O Manchester United tinha mais time, foi vice inglês, mas fracassou diante de um rival sem tradição. Por coincidência, o outro time da cidade, o Manchester City do badalado treinador Pepe Guardiola, também não conseguiu justificar o favoritismo. Os Citizens, campeões da Inglaterra, tiveram pela frente o quarto colocado da competição e perderam. Derrota que havia ocorrido no Campeonato Inglês e que transferiu para o alemão Thomas Tuchel o reconhecimento de bom treinador.


Tuchel, menos paparicado, foi vice na temporada passada com o Paris Saint Germain diante do Bayern Munique. Parece que aprendeu com a derrota. Usou o que o adversário tinha de melhor, posse de bola, para armar sua estratégia. Era fechar os espaços defensivos e explorar a zaga do adversário, sempre adiantada. Um lançamento preciso e o favoritismo do rival foi demolido. Tinha time inferior, menos badalado e saiu com o prestígio maior do que o imaginado.


O sempre imprevisível futebol vai encontrar emoção de qualquer jeito. Vale título nos pênaltis ou jogando por uma bola. As surpresas, chamadas “zebras”, acabaram dando um tempero diferente para as finais da temporada europeia. Para quem gosta de espetáculo, futebol criativo e ofensivo, foi frustrante. As duas Ligas não justificaram o glamour de melhores competições do planeta. O amargo resumo: com surpresas e sem brilho.

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