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  • Foto do escritorFutebol em Rede

COELHADAS E OTERO


O Corinthians venceu o Bahia num jogo equilibrado, 3 a 2. Pelo jeito, despertou o otimismo com Dyego Coelho no clube. A vitória não foi fruto de uma exibição de gala. Pitadas de sorte, arbitragem boazinha e a má fase do adversário contribuíram. O treinador apostou em dois garotos desconhecidos da base, mas a cada jogo fica evidente que a arma do Corinthians é a bola parada e Otero ( Foto – Rodrigo Coca/SCCP ), adaptado, tem potencial para ser o melhor reforço do time na temporada.


O baixinho venezuelano Otero (1.68 de altura) tem o apelido de Scorpion e pé de chumbo. É especialista em bola parada e mesmo com predicados acima da média para um venezuelano, não chegou a ser ídolo no Atlético-MG. Saiu por empréstimo para a Arábia Saudita e com a mesma facilidade chegou por empréstimo ao Corinthians. Ainda é jovem, 27 anos. Ultrapassou Luan em rendimento no clube e por lembrar a bola parada de Marcelinho Carioca, pode ganhar destaque junto ao torcedor. Ele dá sinais positivos e já virou uma das principais armas do time.


Já as “coelhadas” contra o Bahia não são tão promissoras quanto Otero. Chamo de “coelhadas” as escolhas do interino Dyego Coelho. Os jovens e desconhecidos Xavier e Roni no jogo. Lógico que foram bem. O volante Xavier guarda posição e ajuda a reforçar o setor defensivo. Barrou medalhões no jogo. Precisa evitar as mãos na bola e de sequência de jogo. Roni fez gol, mostrou vontade em campo e até apareceu mais para o torcedor do que o seu colega da base.


O treinador acertou nas escolhas. Era um momento crítico e Dyego Coelho fez uma aposta alta. Em caso de nova derrota, corria o risco de jogar no ralo a chance no cargo e a carreira dos meninos. A “coelhada” não indica muita coisa. Não foram as escolhas do treinador que renderam o resultado. Foram detalhes no conjunto da obra. Dizer que a surpresa na escalação indica o caminho a ser seguido pelo clube, é exagero. Para colocar o Corinthians no trilho, confio mais em Otero no que nos meninos do treinador. Efeito prático da vitória, a diretoria ganha tempo para não errar na escolha do novo treinador.

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