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  • Foto do escritorFutebol em Rede

BOLA FURADA


A Justiça do Rio de Janeiro resolveu entrar numa bola furada. Após julgar e anular a eleição de Rogério Caboclo, devido à composição dos votos na Assembleia Geral de 2017. A CBF ( Confederação Brasileira de Futebol ) é uma fabrica der monstros. A série de monstrengos no comando do futebol é antiga. Passa de Ricardo Teixeira até Rogério Caboclo com escala em escândalos de corrupção na FIFA e até prisões. No entanto ao “entregar” o comando à interventores (Rodolfo Landim e Reinaldo Carneiro Bastos), a Justiça furou a bola.


Para entender o caso, um procurador acionou a CBF em 2017 por não seguir regras democráticas na eleição de Rogério Caboclo. Os votos davam pesos diferentes para os eleitores e preservava os interesses das Federações, fechadas com a situação. A CBF alega que é entidade privada com autonomia de organização. Vale lembrar que a última eleição com mais de um candidato ocorreu em 1986. De lá para cá, o poder passou a ser “eleito” pelas Federações. Era justo mexer no vespeiro? Sim e antes tarde do que nunca.


Porém, a emenda saiu pior do que a encomenda. Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, é braço futebolístico do governo federal. Não por acaso tem patrocínios ligados ao governo e insanamente adota a postura de forçar a volta de público nos estádios em meio a pandemia. O que a Justiça fez foi nomear um interventor governamental. Além de aliado, ele tem problemas com fundos de investimentos de empresas estatais para explicar. Basta uma procura na internet. Talvez a Justiça não imagine, mas se consultasse os outros clubes cariocas, jamais daria a caneta para Landim na CBF.


A indicação de Landim foi por representatividade, o Flamengo tem imensa torcida, mas o critério não foi o mesmo para o segundo interventor, Reinaldo Carneiro Bastos (Presidente da Federação Paulista). Esse teria como ponto positivo ser oposição à Marco Polo Del Nero, ex-presidente da CBF e caçado no futebol. O problema é que Reinaldo Carneiro Bastos foi prestador de serviço na CBF na gestão de Caboclo. Pode não ser um impeditivo, mas ser aliado de Rogério Caboclo, não é credencial para ocupar o cargo. A lógica era indicar o presidente do Corinthians.


Hoje a CBF vive uma série de escândalos. Rogério Caboclo, afastado, troca farpas com Marco Polo Del Nero, seu “guru” e “padrinho” para o cargo. O comando do futebol brasileiro está provisoriamente nas mãos do mais velho dos vice-presidentes. Ao invés de furar a bola e nomear interventores que mais parecem indicação externa, a Justiça deveria garantir nova eleição democrática, com votos de mesmo peso dar prazo para a eleição ser realizada. Qualquer outra medida é furar a bola e dependendo do interesse, estourar a bola.

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